Dia desses fui parada na Avenida Paulista por uma repórter da Record. Tema da matéria: Amizade Colorida. Ela me perguntou se eu gostaria de ser entrevistada e, como tive poucos segundos para pensar numa resposta, disse não logo de cara. É um assunto um tanto delicado para ser exposto assim, de supetão.
Amizade colorida hoje tem o nome de ATT – amigos também transam. Apesar da nova sigla, o relacionamento é exatamente o mesmo: duas criaturas amigas que resolvem transar sem perder a amizade e também sem assumir um compromisso amoroso. O sexo torna-se um evento como ir a um restaurante conversar: é prazeroso, carinhoso, recheado de companheirismo, de conhecimento sobre o outro... mas não tem nada indicando que se trata de um namoro ou de um relacionamento amoroso estável.
Acredito que as pessoas que se envolvem numa amizade colorida devem estar muito bem preparadas psicologicamente: não existe, pelo menos inicialmente, a intenção de transformar esta amizade
Se ambos curtiram, e passam a ver o outro com outros olhos, é perfeito! Um grande passo para um relacionamento onde as pessoas se conhecem, sabem um pouco sobre os grandes e pequenos defeitos. Mas e quando apenas um dos dois se apaixona pelo amigo, o que fazer?
Claro, temos que analisar cada caso. Mas, uma coisa eu tenho certeza: tem que estar muito bem preparado para ter um relacionamento destes, seja para continuar assim até que um dos dois se case, seja para tirar o atraso sempre que a vontade apertar, seja para saber que o outro não tem um compromisso com você e pode muito bem arrumar outra pessoa, seja para aumentar a intimidade e fortalecer ainda mais a amizade, seja para estragar totalmente a amizade, seja para perceber que foi um erro, seja para encarar que absolutamente nada pode mudar... ou tudo pode mudar.