- Oi
- Oi
- E aí, o que você está lendo?
- Irmãos Karamázov
- Hum... e você é capaz de ler isso? Dostoiévski?
- Na verdade, não. Estou lendo porque este livro tem figuras.
- Ah
31 de mar. de 2009
23 de mar. de 2009
Bairrismo
Poucos colegas de trabalho moram na Zona Leste. A maioria mora mesmo na Zona Sul, nos bairros próximos à empresa e demoram menos de 20 minutos para chegar no trabalho.
Eu e Cleide somos algumas das exceções: somos da Z/L e, claro, apaixonadas pela Z/L. Sim, bairristas mesmo!
Temos por hábito trabalhar até mais tarde nos dias em que não temos compromisso. Sempre temos o que fazer, claro, mas fazer hora-extra às vezes é uma maneira de esperar o trânsito ficar um pouco melhor para poder chegar em casa. Na última terça-feira, com aquela chuva, chegamos na Moóca às 23h!
Vivi é nossa colega mineira que mora em São Paulo há um ano e alguns meses. Reside na região da Paulista, de longe o lugar mais cultural do Brasil. Na semana passada resolvemos levar Vivi prá conhecer o Tatuapé. "Nossa, vocês falam tanto do Tatuapé que dá até vontade de conhecer". E ela foi.
Por incrível que pareça não havia trânsito. Chegamos em 40 minutos e já começamos como guias turísticas: aqui é o boteco tal, nesta rua fica a loja X, do outro lado da avenida é o restaurante Y... como se estivéssemos num City Tour, apresentamos nossos lugares preferidos e históricos do bairro. Vivi veio de Juiz de Fora, uma cidade média em MG e, segundo ela, até um pouco parecida com o Tatuapé: residencial, com alguns centros comerciais, dois grandes shoppings, muitos restaurantes e barzinhos, onde os frequentadores são dali mesmo ou dos bairros vizinhos. Levamos Vivi a um boteco onde somos 'sócias', batendo o cartão toda quinta-feira. Tomamos nossa caipirinha, comemos, conversamos e fizemos mais um passeio pelas ruas do Tatuapé.
Quando perguntamos a Vivi: "e aí, o que achou?", ela afirmou: "adorei". Cidadãs da Zona Leste orgulhosas, Cleide e eu ficamos muito felizes com o comentário de Vivi e prometemos levá-la em outros lugares.
Com a cabeça na lugar, depois de analisar racionalmente o episódio, passo a dar risada sozinha: moramos longe, demoramos horas para chegar em casa e temos um orgulho enorme da Zona Leste! É hilário!
Eu e Cleide somos algumas das exceções: somos da Z/L e, claro, apaixonadas pela Z/L. Sim, bairristas mesmo!
Temos por hábito trabalhar até mais tarde nos dias em que não temos compromisso. Sempre temos o que fazer, claro, mas fazer hora-extra às vezes é uma maneira de esperar o trânsito ficar um pouco melhor para poder chegar em casa. Na última terça-feira, com aquela chuva, chegamos na Moóca às 23h!
Vivi é nossa colega mineira que mora em São Paulo há um ano e alguns meses. Reside na região da Paulista, de longe o lugar mais cultural do Brasil. Na semana passada resolvemos levar Vivi prá conhecer o Tatuapé. "Nossa, vocês falam tanto do Tatuapé que dá até vontade de conhecer". E ela foi.
Por incrível que pareça não havia trânsito. Chegamos em 40 minutos e já começamos como guias turísticas: aqui é o boteco tal, nesta rua fica a loja X, do outro lado da avenida é o restaurante Y... como se estivéssemos num City Tour, apresentamos nossos lugares preferidos e históricos do bairro. Vivi veio de Juiz de Fora, uma cidade média em MG e, segundo ela, até um pouco parecida com o Tatuapé: residencial, com alguns centros comerciais, dois grandes shoppings, muitos restaurantes e barzinhos, onde os frequentadores são dali mesmo ou dos bairros vizinhos. Levamos Vivi a um boteco onde somos 'sócias', batendo o cartão toda quinta-feira. Tomamos nossa caipirinha, comemos, conversamos e fizemos mais um passeio pelas ruas do Tatuapé.
Quando perguntamos a Vivi: "e aí, o que achou?", ela afirmou: "adorei". Cidadãs da Zona Leste orgulhosas, Cleide e eu ficamos muito felizes com o comentário de Vivi e prometemos levá-la em outros lugares.
Com a cabeça na lugar, depois de analisar racionalmente o episódio, passo a dar risada sozinha: moramos longe, demoramos horas para chegar em casa e temos um orgulho enorme da Zona Leste! É hilário!
Stephenie Meyer - Por que eu terminei de ler?
Acabei de ler Breaking Dawn. Na verdade, eu terminei o livro na semana passada. Mas fiquei tão embasbacada que não consegui escrever antes.
Não, não foi por ter amado que fiquei embasbacada! Eu simplesmente estou decepcionada.
A mulher é uma excelente escritora: prende o leitor, dá pistas para que a gente deduza algumas coisas, faz com que você descubra sentimentos novos nos personagens. A narrativa é crescente, gostosa, dinâmica e muito divertida. Da última vez em que fiquei presa a uma série eu chorei no final. Foi com Harry Potter e acredito que J. K. Rowling precisa dar umas aulas a Stephenie Meyer de "como fazer com que o final seja ainda melhor que o livro".
O problema foi exatamente esse. Não sei se criamos uma enorme expectativa pelo final de uma série que te tomou horas e horas de sono, por dois meses, ou se a mulher não é tudo isso que pensamos. Vou tentar fazer uma análise da série para ver se consigo chegar a uma conclusão:
- Personagens: de todos os seres descritos (vampiros, transmorfos, crianças imortais, meio-humanos) a criatura mais esquisita da série é a narradora. Bella é uma menina com a auto-estima muito baixa mas com um egocentrismo sem tamanho. Ela simplesmente acha que tudo gira ao seu redor, desde o seu namorado perfeito até o seu melhor amigo mais-que-perfeito. Acho que é uma idiota por não ter seguido em frente com Jacob, de longe, o meu personagem favorito. Edward é um coitado que vai ter que passar o resto da eternidade com a mimadinha da Bella.
- O que fez falta: que fim levou Charlie? E depois que toda a palhaçada com os Volturi acabou, o que aconteceu com os personagens? Ok, entendo que há uma eternidade pela frente, mas ela poderia ter dado um resuminho até que Renesmee ficasse maior, casasse com Jacob, tivesse uma criança esquisita. A Bella estaria viva prá contar, certo? Então, por que (raios) não fez como a J.K. Rowling no último capítulo de Harry Potter e o Príncipe Mestiço? Foi fascinante ler que Rony e Hermione se casaram e foram felizes, não?
É por tudo isso que eu fiquei revoltada com o final. Tenho a impressão de que perdi muito tempo com a leitura e que não teve ainda um fim. A não ser que a autora esteja planejando escrever outros livros. Aí, sim, ficarei ainda mais revoltada. Mas sei também que se isso acontecer eu vou ser obrigada e ler.
Sou viciada em leitura. Até bula de remédio, se cair na minha mão, é lida com carinho. Nesta brincadeira eu topei com livros medonhos, ridículos, emocionantes, apaixonantes, excitantes, clássicos, auto-ajuda, técnicos. Já li Dostoiévski, Jane Austen, Kierkegaard, Stephen King, O Senhor dos Anéis, alguns do Gabriel Garcia Marquez, todos do Dan Brown. Posso não ser uma boa crítica literária, mesmo tendo lido Machado de Assis e Shakespeare, mas o que posso dizer de Stephenie Meyer? Que eu simplesmente a odeio por ter feito isso comigo!!!
Não, não foi por ter amado que fiquei embasbacada! Eu simplesmente estou decepcionada.
A mulher é uma excelente escritora: prende o leitor, dá pistas para que a gente deduza algumas coisas, faz com que você descubra sentimentos novos nos personagens. A narrativa é crescente, gostosa, dinâmica e muito divertida. Da última vez em que fiquei presa a uma série eu chorei no final. Foi com Harry Potter e acredito que J. K. Rowling precisa dar umas aulas a Stephenie Meyer de "como fazer com que o final seja ainda melhor que o livro".
O problema foi exatamente esse. Não sei se criamos uma enorme expectativa pelo final de uma série que te tomou horas e horas de sono, por dois meses, ou se a mulher não é tudo isso que pensamos. Vou tentar fazer uma análise da série para ver se consigo chegar a uma conclusão:
- Personagens: de todos os seres descritos (vampiros, transmorfos, crianças imortais, meio-humanos) a criatura mais esquisita da série é a narradora. Bella é uma menina com a auto-estima muito baixa mas com um egocentrismo sem tamanho. Ela simplesmente acha que tudo gira ao seu redor, desde o seu namorado perfeito até o seu melhor amigo mais-que-perfeito. Acho que é uma idiota por não ter seguido em frente com Jacob, de longe, o meu personagem favorito. Edward é um coitado que vai ter que passar o resto da eternidade com a mimadinha da Bella.
- O que fez falta: que fim levou Charlie? E depois que toda a palhaçada com os Volturi acabou, o que aconteceu com os personagens? Ok, entendo que há uma eternidade pela frente, mas ela poderia ter dado um resuminho até que Renesmee ficasse maior, casasse com Jacob, tivesse uma criança esquisita. A Bella estaria viva prá contar, certo? Então, por que (raios) não fez como a J.K. Rowling no último capítulo de Harry Potter e o Príncipe Mestiço? Foi fascinante ler que Rony e Hermione se casaram e foram felizes, não?
É por tudo isso que eu fiquei revoltada com o final. Tenho a impressão de que perdi muito tempo com a leitura e que não teve ainda um fim. A não ser que a autora esteja planejando escrever outros livros. Aí, sim, ficarei ainda mais revoltada. Mas sei também que se isso acontecer eu vou ser obrigada e ler.
Sou viciada em leitura. Até bula de remédio, se cair na minha mão, é lida com carinho. Nesta brincadeira eu topei com livros medonhos, ridículos, emocionantes, apaixonantes, excitantes, clássicos, auto-ajuda, técnicos. Já li Dostoiévski, Jane Austen, Kierkegaard, Stephen King, O Senhor dos Anéis, alguns do Gabriel Garcia Marquez, todos do Dan Brown. Posso não ser uma boa crítica literária, mesmo tendo lido Machado de Assis e Shakespeare, mas o que posso dizer de Stephenie Meyer? Que eu simplesmente a odeio por ter feito isso comigo!!!
18 de mar. de 2009
Stephenie Meyer!
Meus colegas de trabalho criaram o Clube de Leitura Stephenie Meyer há alguns meses. Eu ouvia as discussões, percebia que muitas pessoas no metrô estavam lendo, mas não alimentei nenhum interesse pela leitura. Vampiros? Aff...
De repente tudo ao meu redor se resumia a Edward, Bella, Alice... até minha chefe se rendeu à série e comecei a perceber que conhecer estes personagens era obrigatório: ou isso ou praticamente sem assunto!
Adiei o máximo que consegui e pedi, encarecidamente, que não fizessem mais comentários sobre Stephenie Meyer. Estava em época de provas, não tinha terminado Comer, Rezar, Amar e percebi que o interesse real estava surgindo. Segurei a ansiedade por mais alguns dias e pronto! No dia 15 de janeiro uma das minhas colegas de trabalho me emprestou Crepúsculo. A mesma colega me emprestou Lua Nova uma semana depois. Eu comprei Eclipse no início de fevereiro. Adquiri Breaking Dawn antes do carnaval. Faltam três capítulos para terminar a saga.
Bem, impossível não admitir que eu não deveria ter evitado esta leitura. Fiz pouco caso, achei que meus colegas, gente séria, estavam viciados numa fantasia. Critiquei quem dizia que era melhor que Harry Potter. E agora pago o preço por ter conhecido Stephenie Meyer.
Sabe por que ainda não terminei Amanhecer? Porque estou economizando leitura. Eu não quero acabar, não quero ser mais uma pessoa com crise de abstinência. Optei por desmamar, reduzir a leitura aos pouco para chegar ao final reabilitada, sem vício.
Devorei mil páginas em um mês: no metrô, durante a fisioterapia, no banheiro, no sábado à tarde e antes de deitar. Esperava ansiosamente para ficar só e conseguir avançar a leitura. Cheguei ao cúmulo de voltar para casa para pegar o livro e acabar me atrasando para um compromisso. Sim, foi desesperador. Agora faltam menos de 100 páginas e estipulei uma diminuição gradual para os próximos dias: 2 capítulos, depois 1 capítulo, depois 5 páginas até chegar na última página em alguns dias. Continuo ansiosa, me seguro para não ler mais que a meta diária e tento me controlar para deixar o livro em casa.
Admito, finalmente, que fiquei viciada em Stephenie Meyer. Amo Jacob Black, acho que a Bella é uma idiota, que Edward é insosso, que Renesmee é um nome ridículo, que Carlisle é um anjo vampiro e que Alice faz compras na Daslu. A história, em si, não vai mudar a minha vida. Mas a narrativa de Stephenie vai deixar marcas profundas.
O que eu achei da série? Bem, isso é assunto para outro post, quando eu terminar a última página de Breaking Dawn.
De repente tudo ao meu redor se resumia a Edward, Bella, Alice... até minha chefe se rendeu à série e comecei a perceber que conhecer estes personagens era obrigatório: ou isso ou praticamente sem assunto!
Adiei o máximo que consegui e pedi, encarecidamente, que não fizessem mais comentários sobre Stephenie Meyer. Estava em época de provas, não tinha terminado Comer, Rezar, Amar e percebi que o interesse real estava surgindo. Segurei a ansiedade por mais alguns dias e pronto! No dia 15 de janeiro uma das minhas colegas de trabalho me emprestou Crepúsculo. A mesma colega me emprestou Lua Nova uma semana depois. Eu comprei Eclipse no início de fevereiro. Adquiri Breaking Dawn antes do carnaval. Faltam três capítulos para terminar a saga.
Bem, impossível não admitir que eu não deveria ter evitado esta leitura. Fiz pouco caso, achei que meus colegas, gente séria, estavam viciados numa fantasia. Critiquei quem dizia que era melhor que Harry Potter. E agora pago o preço por ter conhecido Stephenie Meyer.
Sabe por que ainda não terminei Amanhecer? Porque estou economizando leitura. Eu não quero acabar, não quero ser mais uma pessoa com crise de abstinência. Optei por desmamar, reduzir a leitura aos pouco para chegar ao final reabilitada, sem vício.
Devorei mil páginas em um mês: no metrô, durante a fisioterapia, no banheiro, no sábado à tarde e antes de deitar. Esperava ansiosamente para ficar só e conseguir avançar a leitura. Cheguei ao cúmulo de voltar para casa para pegar o livro e acabar me atrasando para um compromisso. Sim, foi desesperador. Agora faltam menos de 100 páginas e estipulei uma diminuição gradual para os próximos dias: 2 capítulos, depois 1 capítulo, depois 5 páginas até chegar na última página em alguns dias. Continuo ansiosa, me seguro para não ler mais que a meta diária e tento me controlar para deixar o livro em casa.
Admito, finalmente, que fiquei viciada em Stephenie Meyer. Amo Jacob Black, acho que a Bella é uma idiota, que Edward é insosso, que Renesmee é um nome ridículo, que Carlisle é um anjo vampiro e que Alice faz compras na Daslu. A história, em si, não vai mudar a minha vida. Mas a narrativa de Stephenie vai deixar marcas profundas.
O que eu achei da série? Bem, isso é assunto para outro post, quando eu terminar a última página de Breaking Dawn.
17 de mar. de 2009
Criação
Pronto! Blog criado e eu não faço a menor idéia (ou ideia) do que escrever. Talvez porque já seja tarde. Penso que ainda vou ter muito trabalho para dar uma carinha para o Blog. Carinha na aparência e carinha também no conteúdo.
Geralmente as pessoas criam um Blog para falar sobre temas específicos. Tenho amigos blogueiros que são cozinheiros, designers, jornalistas. E eu, sou administradora de empresas, trabalho prá caramba e nem sei se vou ter tempo para postar com a frequência que gostaria.
Geralmente as pessoas criam um Blog para falar sobre temas específicos. Tenho amigos blogueiros que são cozinheiros, designers, jornalistas. E eu, sou administradora de empresas, trabalho prá caramba e nem sei se vou ter tempo para postar com a frequência que gostaria.
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