24 de jul. de 2009

Divã

Hoje assisti Divã, um filme com Lilia Cabral. Uma mulher na meia idade descobre, depois de 20 anos de casamento, que não é tão feliz quanto imaginava. Quando inicia a terapia, que ela até então julgava não precisar, ela se questiona sobre a felicidade, sobre o casamento, sobre sexo, sobre amor, sobre amizade.
Enquanto Mercedes conversa com Lopes, o terapeuta (100% do tempo mudo), a vida da personagem sofre reviravoltas. Ela acha que o marido tem amantes, arruma um amante, se separa, tenta convencer a amiga 'quadrada' que o modelo de vida dela é ruim, se comporta como uma adolescente, tenta se aconselhar com uma adolescente e cai na balada com um rapaz muito mais novo. Até maconha ela experimenta.
Na ânsia de encontrar a verdadeira felicidade e de experimentar tudo o que a vida pode dar de bom, ela se perde, se acha, muda, amadurece, regride. É realmente um filme para cutucar algumas feridas e chorar. Sim, dentre as histórias engraçadas há alguns momentos tristes também.
"Sexo com amor é bom, mas sexo sem amor é melhor ainda" - para Mercedes, este é o caminho da felicidade.
Vale a pena assistir!

23 de jul. de 2009

São Thomé das Letras IV (e último)


Nosso último dia em STL começou nublado e frio. Paramos na cidade para comprar as lembrancinhas da família e uma lanterna. Achamos que precisaríamos dela na Gruta do Carimbado.
Já com as malas no carro, conhecemos o Vale das Borboletas e uma inusitada placa "proibido acampar" assinada por, nada mais nada menos, E.T. O acesso é mais fácil, mas a cachoeira não é muito bonita não. Vi apenas uma borboleta.
Próxima parada: Ladeira do Amendoim. Os carros param no final da descida e, em ponto morto, são arrastados pela subida. Nada de fantástico! A impressão é de estar na subida quando, no fundo, o carro está na descida. Quem está do lado de fora percebe isso. É mito!
Em seguida, Gruta do Carimbado. Subimos, subimos, subimos e, como estávamos sozinhas, demoramos um pouco para encontrar a entrada da gruta. Quando achamos, desistimos de explorá-la. É muito sinistra! Diz a lenda que essa gruta vai até Macchu Pichu. Na falta de um guia experiente, resolvemos não arriscar, mesmo com a lanterna.
A parte mais frustrante da viagem aconteceu depois, quando partimos rumo à famosa Shangri-la. Acreditando que seria o passeio mais bacana, para fechar com chave de ouro, seguimos contando apenas com a indicação de um tiozinho do bar da estrada e de alguns soldados camuflados, que faziam algum tipo de simulação na mata. Rodamos, subimos, descemos, encaramos pontes, pedregulhos, judiamos do carro da Paty e... nada! Desistimos e resolvemos voltar. Ou Shangri-la não existe ou o acesso é impossível para simples mortais. Dizem que é um dos lugares mais místicos do Brasil.
Almoçamos em Três Corações e pegamos a estrada. Paramos, obviamente, para comprar mais queijo e mais doce de leite. Quem passa pelo sul de Minas não pode resistir a isso.

A viagem foi bem bacana e descobrimos, em algum lugar de nós, um espírito aventureiro. Já estamos programando nossa próxima viagem: Vale do Petar - Caverna do Diabo.

20 de jul. de 2009

São Thomé das Letras III


Acordamos cedo para conhecer as outras cachoeiras. Paramos na Eubiose após 400 m de descida escorregadia. A cachoeira é bem bonita, mas deve ficar mais na época da cheia. Estava um pouco minguadinha.
Um pouco mais prá frente, Cachoeira do Flavio. Essa foi fácil de chegar. Bonitinha também.
Seguimos pela estrada e encontramos as piores trilhas. Para chegar na Cachoeira Véu da Noiva (foto) precisamos nos apoiar no corrimão. Muita descida e minhas coxas começaram a mostrar os malefícios do sedentarismo. Queimaram, mas valeu a pena. A cachoeira é linda.
Ao lado, Cachoeira Paraíso. Mais descida. Não fui até o final, já não aguentava mais minhas pernas.
Seguimos pela estrada achando que Baependi era próxima. Esse é o problema do mapa sem escala. Muito tempo depois encontramos alguém para perguntar e soubemos que ainda era a metade do caminho! Tudo bem, chegamos até ali, né?
Baependi é uma cidade pequena e cheia de subidas, carros, trânsito. Meio caótica para ser interior de Minas. Ali ao lado, Caxambu e o Parque das Águas. O parque é bem gostoso. Compramos também muitos doces em Caxambu.
Surge o dilema: asfalto ou voltar pela estrada de terra? A primeira opção era mais longe, mas melhor. Resolvemos seguir o conselho e pegamos asfalto até Três Corações. Não vimos o lindo pôr-do-sol, finalizando mais um dia de calor por aqui. Agora vamos descansar um pouco antes de tomar um caldinho na cidade.

São Thomé das Letras II


No sábado jantamos num restaurante chamado Gnomos! A pizza era excelente e o vinho Marcon servido em copo de cerveja! Três mocinhos tocaram Secos e Molhados, Sá e Guarabira, Zé Ramalho e Kleiton e Kledir.
Os grandes passeios!
Ontem saímos do hotel por volta das 10h e fomos em direção às cachoeiras. Demos carona para uma moça que mora na roça e, todos os dias, caminha cerca de 5 km para chegar em casa. Ela tem um brechó em STL e mora na roça, próximo da Cachoeira da Lua. Conhecemos essa cachoeira, mas achamos um pouco sem graça.
Em seguida, conhecemos a Gruta do Sobradinho (foto), o passeio mais interessante até agora. Chegamos até a entrada sem lanterna, muito juvenis. Mas encontramos o Zé João que nos levou para o interior da gruta. São 180 m, que acabam em uma cachoeira. Por dentro da gruta, descalças, muitas galerias, água gelada, teto baixo. E, na saída, uma ponte. Era muito bom prá ser suave! Depois de quase morrer de medo, atravessei a ponte engatinhando. Tá, tem que ter uma filmagem divertida na viagem.
Decobrimos uma cidade chamada Sobradinho, com 2 ruas e uma igreja no meio.
Almoçamos num restaurante bem chamosinho.
Assistimos outro pôr-do-sol inesquecível perto da pirâmide. Antes disso, andamos até uma pedra enorme e acreditávamos que era a da Bruxa. Realmente não vimos nenhuma silhueta de bruxa e achamos que o povo daqui era realmente doidão. Andamos até o mirante, um caminho já bastante complicado. Descemos, passamos pelo discoporto (uma decepção, são tanques pintados como se fossem discos voadores) e, para nossa surpresa, eis que surge a verdadeira Pedra da Bruxa. Desta vez, enxergamos a cara da bruxa mesmo!
Jantar bacana: fondue de queijo e um pouco de vinho.

18 de jul. de 2009

São Thomé das Letras I


Chegamos 13h, já descobrindo que entre Três Corações e São Thomé das Letras há um sanatório e um presídio.
A cidade é bem pequena, as ruas muito estranhas, tudo é pedra, pedra e mais pedra.
Comemos num restaurante chamado O Alquimista da Praça que fica, obviamente, na praça. Um pernil delicioso com arroz, feijão, mandioca e farofa. Um suco de uva integral para acompanhar.
Entramos em várias lojas de artesanato. Em todas elas há casinhas de pedra, de todos os tamanhos e modelos. Bem bonitinhas. Além das casinhas: gnomos, duentes, elfos, bruxas, ETs, Raul Seixas, Bob Marley, Shiva, pretos-velhos, santos católicos, colchas, batas e chás de ervas naturais. Achei esquisito: às vezes você acaba de ver a pessoa na entrada e, dois segundos depois, ela surge de algum lugar!
Visitamos a Igreja Matriz e fiquei impressionada com as imagens de Cristo. Ele tem peruca de verdade! E roupas de verdade! E todas as imagens têm muito sangue. O piso é de madeira e parece que será aberto a qualquer momento.
A Gruta de São Thomé fica bem ao lado da Igreja Matriz. É pequena e bastante sinistra. Logo na entrada há uma caixa com portãozinho de vidro, arrombado, onde estão alguns santos sem cabeça. Uma imagem realmente ruim. Dentro da gruta, outra imagem de São Thomé.
Passamos pela Igreja do Rosário, bem bonitinha por fora. Não conseguimos entrar. Na verdade, nem tentamos. Depois da má impressão da Igreja Matriz, nem imaginamos o que nos esperaria.
Mais artesanato.
Subimos até a pirâmide para assistir o famoso pôr-do-sol. É realmente espetacular (foto). Pena que havia um cidadão que não parava de falar (e cuspir). Disse inúmeras vezes que morava em STL, mas que não lembrava onde exatamente. O homem estava bem chapado. Tirando isso, imagens espetaculares. E a trilha sonora local, claro.
Passamos pelo Bar do Dois onde, teoricamente, encontraríamos Ventania. Mas soubemos que agora ele ficou famoso e não faz mais show em STL. Só pagos agora. É... o sucesso sobe até na cabeça dos malucos-beleza.
Mais tarde tem cinema na praça: Tempos Modernos de Chaplin. Conseguem imaginar um clássico como esse, muito utilizado nas aulas de administração (Taylor!), na cidade "onde mito e realidade se confundem"?