31 de mai. de 2010

Aerosmith - Amazing

Assim como a própria Amazing, outros clássico não foram tocados: I don't want to miss a thing (para tristeza as piriguetes que foram ao show apenas para ouvir esta música), Angel, Hole in my Soul e Janie's got a Gun. Não é pra menos. Uma banda com 40 anos de carreira, dezenas de hits e praticamente da terceira idade, com duas horas disponíveis, não seria realmente capaz de satisfazer a todos.
A mim, satisfez. Foi uma grana bem investida, pois fui brindada com um show realmente fantástico. Depois da decepção do Coldplay e da falta de companhia por causa do preço do ingresso, estava com uma expectativa mais baixa. Porém, fui surpreendida e sou capaz de dizer que só perdeu para o U2 Pop Mart 98!
Each the Rich abre o show e logo o clássico Love in an Elevator aparece. Em seguida Dream On e todas as minhas lágrimas contidas são libertadas. Meus amigos sabem o quanto essa música é importante para mim! E assim eu cantei, aplaudi, gritei e chorei o tempo todo. Livin' on the edge, a segunda preferida, toca logo em seguida. E assim os velhinhos nos brindam com Pink, Cryin', Crazy e a voz impecável de Steven Tyler. Impressionante como os agudos ainda são cristalinos!
Joe Perry lança um desafio com o seu próprio avatar do Guitar Hero e nós curtimos um solo incrível. O baixo inconfundível de Sweet Emotion e What it Takes iniciado acapella por Steven Tyler e seguido pelos 38 mil brasileiros (e chilenos, paraguaios, peruanos). Depois de 2h mágicas, Walk this Way encerra a noite.
Sem dúvida, uma das melhores bandas do mundo. Um show sensacional. E, mesmo que tivéssemos sentido falta de algumas pérolas, tenho certeza que todos que pagaram um bom dinheiro para ver os dinossauros não se arrependeram. Eu não me arrependi!

10 de mai. de 2010

A grande virtude

Começo a acreditar que a maior virtude do ser humano é saber lidar com as adversidades. Entendo também que o papel de vítima é muito confortável, mas a sensação de superar alguns obstáculos é indescritível.
Acabo de ler um texto que fala sobre o poder da atração. Claro, lembra O Segredo e todos os livros de auto-ajuda que lemos (ou que fingimos não ter lido), mas é muito fácil esquecer disto. E é muito importante! Mudar o estado mental diante de um problema é tarefa árdua. Fingir que as pessoas não se ofendem ou que o mundo é uma perfeição não é um coisa muito simples. E também não precisamos de hipocrisia, de agir como Poliana e achar que tudo é maravilhoso. O importante é reagir às bombas de uma forma que não comprometa nosso estado de espírito.
Para cada momento difícil, palavras duras, mudanças de planos ou quando algo dá errado, nós temos duas opções: sofrer ou lidar com isso. E lidar não é apenas ignorar o fato ou pensar como se aquela pessoa fosse um anjo. Lidar é aceitar o que aconteceu e tentar extrair o lado bom. Ou, ao menos, ver com olhos menos endurecidos. Tentar buscar um estado mental que permita ver as coisas com clareza, retirando o véu da raiva, da angústia ou da tristeza.
É muito fácil vir aqui e dar opiniões sobre livros e filmes, contar um 'causo' do cotidiano ou apresentar uma história fictícia. Mas é muito difícil falar sobre sentimentos.
Consegui postar esta mensagem hoje apenas para lembrar (e principalmente 'me' lembrar) que leveza não faz mal para ninguém. E que acreditar que as coisas podem mudar não custa nada. Não é simples, não é fácil, não é rápido. Mas, quando acontece, é gratificante.

9 de mai. de 2010

Amor nos Tempos do Cólera

Essa chuvinha é um convite pra ficar em casa. E nada melhor que filmes para nos distrair. Hoje assisti Amor nos Tempos do Cólera, baseado no livro homônimo de Gabriel Garcia Marquez.
Javier Bardem! Depois de vê-lo em Onde os Fracos não Tem Vez e em Vicky Cristina Barcelona, não conseguiria imaginar que ele seria o romântico Florentino. Um homem apaixonado pela mesma mulher por mais de 50 anos, e que foi ser feliz ao lado dela na velhice.
O filme é bem bonito. Fernanda Montenegro é a mãe de Florentino e fica doida de pedra. A bela Fermina me fez ficar com raiva de algumas mulheres. Como foi capaz de fazer o que fez com o Florentino? É certo que havia a proibição do pai, mas quando teve a oportunidade ela simplesmente não o quis. Preferiu casar com um médico chatinho, que ainda por cima a traiu.
Suponho que, como sempre, o livro é muito mais intenso que o filme. Mas não tive a oportunidade de ler. Minha única tentativa de Garcia Marquez foi Cem Anos de Solidão e não lembro bem porque não fui até o final. Vai entrar na fila (depois dos livros de Stieg Larsson e dO Físico, que já está em minhas mãos).
Quanto ao filme, foi muito legal assistir a algo tão singelo e romântico neste sábado chuvoso. E foi ótimo me apaixonar ainda mais por Javier Bardem!

6 de mai. de 2010

Os homens que não amavam as mulheres - Stieg Larsson

Tenho medo de escrever muito bem sobre um primeiro livro de alguém. Depois de O Código da Vinci de Dan Brown e as sucessivas repetições de fórmulas, é muito arriscado elogiar demais um autor pelo primeiro da trilogia. Mas é difícil não falar de Stieg Larsson.
Desde a série Harry Potter eu não havia sido presa por um livro. Devorei as 500 páginas de Os Homens que não Amavam as Mulheres, totalmente hipnotizada pela narrativa de Larsson.
São informações históricas da Suécia, jornalismo econômico e investigativo, personagens com personalidades super complexas, vários pequenos mistérios que se transformam em uma vontade absurda de chegar ao fim. Entender como o autor conseguiu perfeitamente juntar os fatos, as evidências e, principalmente, como ele conseguiu te contar isso, é uma delícia. Escrita fácil, informações esclarecedoras e ambientação muito bem descrita. Todos os elementos que tornam esta um dos suspenses mais inteligentes que já li.
Obviamente eu comprei os dois outros volumes da trilogia. Sei que os protagonistas (um jornalista que visualizei como o George Clooney e uma hacker maluca que pode ser interpretada pela Natalie Portman) estão nos outros livros. Só espero, sinceramente, que Larsson não me decepcione como Dan Brown, e que eu acompanhe a investigação sem ao menos imaginar quem poderia ser o bonzinho e o malvado da história, exceto quando a história revelar.
Vamos ver o que A Menina que Brincava com Fogo e A Rainha do Castelo de Ar tem a nos revelar.
Para saber mais: http://www.trilogiamillennium.com.br/

2 de mai. de 2010

No Bar do Galo

Antes de mais nada quero deixar bem claro que NUNCA deixarei de ser palmeirense.

Mas tenho que admitir que qualquer torcida fanática é empolgante, emocionante, fascinante.
Hoje estive no Bar do Parque, reduto de mineiros (ou não) atleticanos. Fui muito bem recebida, principalmente por saber cantar o hino do clube. Abro até um parênteses aqui para agradecer à revista Placar que, há muito tempo atrás, lançou um CD com hinos cantados por famosos. Graças ao João Penca e Os Miquinhos Amestrados eu sei cantar o hino do Galo!
Cantei, vibrei, torci, conheci pessoas legais e consegui me distrair depois de um final de semana de trabalho.

Além de ver alguns amigos e conhecer novas pessoas, descobri que realmente eu não gosto de coincidências. Elas criam vínculos, dá uma sensação de estar devendo algo a alguém. E hoje eu tive esse sentimento. Para o bem ou para o mal, conheci alguém que conhece alguém que eu conheço também. O alguém que conheci é amigo de longa data do alguém que conheço.
E depois dizem que não sabemos lidar com a aleatoriedade! O ser humano não consegue é lidar com a coincidência, isso sim.