13 de fev. de 2010

Invictus

Invictus é um filme delicado. Direção delicada de Clint Eastwood. Tema delicado como o racismo inverso do que conhecemos: os negros contra os brancos. Atuação delicada de Morgan Freeman, o clone de Nelson Mandela com muitos centímetros de altura (de verdade, não lembrava que Freeman era tão alto). Matt Damon delicado para um jogador de Rugby, mas fantástico como capitão de um time desacreditado.
Toda essa delicadeza faz de Invictus um filme muito bom. A superação dos quase 30 anos de prisão traduzida por um poema, o do título, que termina com "Eu sou o dono e senhor do meu destino / eu sou o comandante de minha alma". A superação de um time que era odiado pelos negros e amado pelos brancos. Estes, por mais que gostassem do time, não tinham esperanças de ganhar qualquer coisa.
O incentivo do presidente, a união da torcida, a força do capitão... tudo isso significa que o time pode se superar? No caso, sim! E é muito bom saber que é uma história real, sem balelas como muitos filmes sobre times que assistimos por aí.
Mandela vestindo o uniforme do time não seria nada demais, já que Lula também faria isso. Mas esse gesto na África do Sul de 1995 significava que o país tentava falar a mesma língua, a começar pelo homem mais importante: negro e ex-presidiário, sem família e um pouco teimoso!
Vale a pena assistir. E refletir: se Bafana Bafana, a seleção de futebol da África do Sul, quiser se inspirar em Invictus, nosso hexa deve ficar para 2014!

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