20 de ago. de 2010

MIDA - Mulheres que Inferem Demais Anônimas

Ontem estive com uma grande amiga e uma nova amiga, num rodízio de pizza. Enquanto comíamos os 140 pedaços variados, filosofamos sobre algumas coisas que nos incomodavam nos últimos tempos.
As três fazem parte de um grupo de mulheres que têm uma mente criativa, lógica e muito conclusiva. Com base em experiências, comportamentos anteriores e conhecimentos adquiridos, nós normalmente concluímos as coisas com poucas informações. Por um lado, é um exercício fantástico. Por outro lado, criamos histórias completas e, pior, acreditamos nelas como verdade. E aí, meus caros, a bola de neve está formada.
Pensamos, numa brincadeira, em formar o MIDA - Mulheres que Inferem Demais Anônimas. Por enquanto não temos a intenção de fazer disso algo mais sério, mas sabemos que isso pode ajudar a nós. A ideia é observar a amiga e dizer "você está inferindo!" a cada vez que a moça concluir algo sem os fatos.
A mente criativa de toda mulher chega ao extremo de sofrer por antecipação, sem ter informações suficientes para concluir alguma coisa. Se um dia nós passamos por uma situação X, lembramos dos traumas a cada vez que um início de situação é parecido com a X. O desfecho pode ser totalmente diferente, mas nossa experiência já concluiu, já nos fez sofrer e já nos fez prometer um monte de coisas.
"Só por hoje eu não vou inferir", lema frequente de AAs, NAs e todos os outros grupos de ajuda, faz todo o sentido para nós. Vigiar é muito difícil, por isso precisamos das amigas para nos conter, apontar e nos ajudar a analisar a situação.
Contra fatos não há argumentos. Contra deduções há reflexão contínua e policiamento.

Um comentário:

Adilson ( virso ) disse...

Gostei do Texto!
Confesso que o detalhe foi para o comentário: "Enquanto comíamos os 140 pedaços variados"!
[]´s